Seja bem vindo ao nosso pequeno espaço. Aqui você vai encontrar mensagens, histórias, textos, orações, videos, psicografias e psicofonias colhidas ao longo dos anos. Fique a vontade para comentar e colocar a nossa Casa de Amor e Luz entre os seus favoritos. Não deixe de visitar todas as páginas.

Um dia para cada coisa

Palestra do dia 18/07/2011

     Que a paz do senhor esteja em todos os corações!

     Seguindo a exposição de nosso irmão sober fantasmas, nós completamos com “quem é morto sempre aparece”, principalmente em uma casa espírita. Hoje sou eu!

     Meus irmãos e minhas irmãs, o calendário tem 365 dias, e se nós formos percorrer as datas festivas ou comemorativas nós veremos que existe um dia reservado para cada santo, para um profissional ou para alguém especial. Existe um dia especial, por exemplo, para as mães, pais, avós, filhos existe o dia da pátria e assim por diante.
     E nesse dia, nós temos como um marco de festividade ou comemoração ou nós nos entregamos a ele com efetiva e afetiva dedicação?
   
Na maioria das vezes nós louvamos por que acaba sendo feriado.
     O dia da preguiça ou de colocar em casa tudo aquilo que está fora do lugar, mas não há uma dedicação o dia todo, por exemplo, no dia da pátria para pátria, não se procura inteirasse de fatos notórios, históricos. Aprender a amar ainda mais a pátria.
     No dia das mães, por exemplo, um abraço, um carinho, um afago, às vezes acompanhado de um presente, e o resto do dia passa como se fosse absolutamente normal.
     Como seria meus queridos irmãos, minhas queridas irmãs, o dia da reverência?
     Um dia de sentar o próprio espírito e encontrar as suas raízes que fez na presente vida ligar-se a aquela mãe. E desta forma estamos, em todos os dias comemorativos, sem prestar realmente uma homenagem, mas nós deveríamos fazer alguma coisa a mais, por que tempo sempre nos sobra, e na maioria das vezes nós jogamos este tempo fora, nós o desperdiçamos, e em uma termologia bem popular, nós compactamos descuidados. Se nos resta tempo, e sempre nos resta.
     Porque não dedicarmos um dia de nosso calendário como sendo o dia da compreensão? O dia em que procuraremos como objetividade e profundidade entender todos os hábitos, circunstâncias da vida, todas as reações, ações e omissões da daqueles que por qualquer motivo nos magoaram e entender e dedicar a eles alguns momentos, talvez horas para analisar o porquê da ocorrência, o porquê nos sentimos tão aborrecidos, magoados e preocupados com uma atitude que possivelmente foi tomada por inconsequência, imprudência de uma forma inadvertida, mas que o nosso rancor não permite compreender que ainda vivemos num mundo de erros e acertos e que é comum para os outros, como para nós também, acertarmos e errarmos. Um dia para compreender por que não recebemos a afetividade como nós a pleiteamos, uma auto-análise, ver se realmente nós estamos preparados para amar, para sermos amados na justa medida em que aspiramos ou sonhamos. Há uma razão, sem sombra de dúvida, para vivermos no meio em que vivemos,  repartir o nosso espaço e respirar o mesmo ar com determinadas pessoas que não massageiam nosso ego, pelo contrário, que nos aponta as falhas e deixam bem visível as suas dificuldades. Entender e compreender que ele se encontra em um processo de reajuste, como todos nós e que se nós modificarmos a nossa maneira de agir ou de recebermos, essa compreensibilidade, essa vibração mais amena que passaremos a ter irá ao encontro destes e haverá melhora. Nós poderíamos tirar um dia para dedicar ao perdão?
     Quantas coisas mal resolvidas não existem em nosso íntimo?
     Quantas vezes por pequenas falhas de outro carregamos uma mágoa imensa?
   Quantas vezes, até mesmo, exigimos de Deus um perdão pelas nossas falhas, e não perdoamos os nossos pequeninos?
     Por que todos os erros que nos magoam, que nos aflige,  que se coloca como uma pedra em nosso sapato são pequenos e vivem em uma enorme aflição. Não nos perdoando, nós não nos ligamos das seqüelas de suas palavras ou de seus atos. Seria o dia que em determinada religião, em determinado país, seria o dia do perdão, onde todas as mágoas seriam perdoadas, pelo menos teoricamente ou teologicamente, não religiosamente, não socialmente, não profissionalmente.
     É um dia apenas para o perdão, uma comemoração para ao perdão, talvez arrogando para si este perdão e assim distribuí-lo. Nós deveríamos ter um dia para o perdão e simplesmente perdoar. O perdão é para ser exercido e aceito de uma forma irrestrita e incondicional não importa qual tenha sido a falta, não é relevante saber quem foi o faltoso ou a faltosa, simplesmente perdoar, apaziguar a sua alma e dar oportunidade ao ofensor, ofensora que se reajustem,  que encontrem a sua própria paz. Porque não reservarmos um dia para dizermos para aquela pessoa que está mais estreitamente junta a nós, o quanto nós a consideramos, o quanto foi, o quanto é e o quanto será amiga em nossa vida. Nós nos esquecemos de que em família primordialmente, nós conseguimos uma sociedade, uma sociedade conjugal, onde todas elas dispõem afetos, deveres e responsabilidade, direitos e sentimentos.
     É muito comum um companheiro ver em uma companheira uma serviçal doméstica, é muito comum à companheira ver no companheiro simplesmente a obrigação de sustentá-la. Poderíamos dar variadas formas de comportamentos, mais é possível ter também num lar a perfeita harmonia entre o casal, o equilíbrio entre os filhos, por que parte de uma família segura onde todos ajam com responsabilidade, sem se descuidar de seus direitos e deveres e cada qual contribui para que essa sociedade seja uma sociedade progressista em todos os sentidos, espiritual e moral, onde todos se compreendem, onde todos sabem exercer o perdão, onde todos ocupam apenas e tão somente, aquele espaço que lhe é conveniente e nada a mais que isso, não se exige absolutamente nada, oferta-se.
     Um lar bem construído, bem administrado está longe das ingerências espirituais de irmãos infelizes pelo contrário, sempre visitada por irmãos espirituais de luz, razoavelmente estável, que levam a aquele lar a sua harmonia e que lhes serve às vezes como sua pousada. Se nós reservássemos um dia do nosso calendário para colocar em evidência a nossa religiosidade, para reconhecermos em Deus o nosso pai extremamente ardoroso e misericordioso que nos supre todas as nossas necessidades, ainda que não entendamos as necessidades para com elas, por que não apanhar em preces, ou escrever com sua própria caligrafia o que seria o primor da oração primária, o Pai Nosso, e analisá-la.
     Porque Pai Nosso?
     Porque estais nos céus?
     Porque santificado seja o vosso nome?
     E desembaraçar a vossa alma e trazer a luz a nossa religiosidade por mais simples e ingênua que seja, mas absolutamente eficaz em vibrações suaves e harmônicas.
     Porque não pensar na criação, no nosso lar, o fenômeno ou o milagre de nossa criação, quando trazemos um rebento a esta vida corpórea, quando assumimos a paternidade, ou maternidade e agimos verdadeiramente como Deus, suprindo todas as necessidades daquele ser indefeso tal como nós somos em muitas ocasiões diante da vida. É uma maneira de pensar:
     Quem é Deus?
     O que é Deus?
     Quem sou eu?
     O que sou?
     E procurar entrar em correspondência com ele, entender por que a nossa vida é assim, mais buscar em nossos desejos os sonhos de que ela possa melhorar, não importa quanto tempo leve, nós temos a perpetuidade à nossa frente, e haverá tempo de sobra para reorganizarmos a nossa vida, recompormos as nossas vibrações, ordenarmos de forma equilibrada e razoável os nossos desejos e aspirações e lutar por eles, pela sua realização, em certos momentos se torna difícil, em certos momentos há dor agônica e em certos momentos desesperadora, mas aqui meus irmãos, no plano espiritual não é diferente, principalmente nas regiões de dores e mágoas, que da onde vem exatamente àqueles que não assumiram as suas responsabilidades perante a vida, daqueles que não dedicara, não somente da sua vida,  mas do seu calendário, para fazer alguém sorrir, para alimentar alguém, para acarinhar alguém, ou simplesmente para manifestar através de palavras a sua estima e através de atos a sua dedicação, e de atitudes inesperadas o seu amor. 365 dias, não precisaríamos usas todo o calendário, mas alguns dias do calendário, para levarmos a paz, obtermos a paz, despertarmos compreensão, lutarmos para sermos compreendidos, perdoar e sermos perdoados, amar, amar em todos os tempos do verbo, amar com toda intensidade da nossa alma seguindo o ritmo melódico da sua vibração, amar no ritmo da vida, do nosso próprio coração e transportar esse amor para todos os momentos, para todos aqueles que se acerquem de nós e não simplesmente privilegiar um ou outro.
     Vamos dedicar um dia para dar uma mãozinha a Deus, nesse dia vamos dizer a ele, não se preocupe comigo, eu vou me preocupar com o irmão que no dia de hoje for me colocado à frente ou no caminho para auxiliá-lo, eu vou ouvir alguém que não tem com quem confessar-se, falar de suas mágoas, frustrações, fracassos, desilusões, vou tentar dentro das possibilidades auxiliá-los, dar a eles uma motivação para continuar vivendo, lutando.
     Dedicar um dia a aqueles que não têm recurso nenhum, estender a mão, ou às vezes na sua humildade se recolhe e nem ousa em levantar o olhar a você. Não dar simplesmente a esmola, mas fazê-la acompanhar do seu amor, da sua bondade, ajudar os que não conseguem caminhar, a dar os passos, a indicar o caminho.
     Um dia para orientar os nossos descendentes, dar instruções em todos os sentidos.
     Um dia para tolerar os nossos ascendentes que já não são donos de seu raciocínio, enfim, deixar Deus naquele dia despreocupado e passar a ser a sua impressão digital que aonde toca deixa uma marca, uma sensação de alívio e bem estar.
     Um dia apenas, e você verá, não com espanto, mas com admiração, que todos os outros dias do calendário são reservados a você. Encontrará no amigo, amiga, filho, pai, mãe, o sorriso, abraço terno, a satisfação no olhar, você ouvirá coisas agradáveis, você se sentirá importante, por que é.
     E no final do ano, após a comemoração do dia de Jesus, você ira dizer, de você para você, de você para Deus, valeu a pena, e você ouvirá de você próprio, sim valeu, e ouvirá de Deus, valeu!
     Bem aventurado os aflitos por que deles é o consolo e a paz!
     Bem aventurado os bondosos por que vivem permanentemente no paraíso!

     Que Deus abençoe todos nós meus irmãos e minhas irmãs!

Irmão Rafael

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...