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Lições


 palestra do dia 20/06/2011

A vida como nós sabemos, é uma jornada espiritual, e nós a empreendemos para desenvolver o aprimoramento moral e intelectual. Para tanto é necessário distinguir o certo do errado, o justo do injusto, o nobre do vulgar, para que as nossas atitudes, palavras e ações não tragam aborrecimento aos outros, ou lhes causem danos e que não sejam, também, malfazejas para nós próprios. As virtudes valiosas e difíceis de conquistar, nos ajudam a distinguir o bom do ruim, e nos encaminha ao bom censo para que todos os nossos atos, em todas as situações, em qualquer quadrante, sejam absolutamente saudáveis.
Um caráter não se educa e não se desenvolve ouvindo ou lendo histórias, mais essas histórias muito ajudam e são prazerosas de ouvi-las e contá-las, principalmente quando nos deixa como herança, ou patrimônio, lições altruístas que servirão, mais tarde, para ilustrar os nossos dias e a nossa própria vida. E se as histórias são boas quando melhor contadas, quando melhor ouvidas, nós devemos sempre recordá-las e em um dado momento contá-las ou recontá-las, pois sempre vai restar um proveito para nossa alma, talvez para nossa própria vivência a nossa experiência, portanto vou contar algumas histórias:

1º História:   


Num convento há muito tempo atrás, quando todos os Frades se distinguiam, cada qual por suas retribuições pessoais, foi um belo dia, visitado por Maria que levou ao colo Jesus. O prior designou vários Frades para dar a Maria e ao menino Jesus uma demonstração do carinho e do conhecimento de cada um. Assim um deles fez um belo discurso para recepcioná-los, outro falou sobre teologia, das coisas de Deus, do céu, da terra, do paraíso e provavelmente do purgatório, e assim foi até restar apenas um dos Frades que não possuía nada de especial, ele havia sido um antigo malabarista de circo com algumas experiências como palhaço. Ele colocou-se na sua posição, não foi chamado e não se manifestou. Maria, vendo o Frade, pediu para ele se aproximar e pediu para que demonstrasse alguma coisa da sua especialidade, ao que ele retrucou que não possuía especialidade nenhuma. Maria disse que já, ao estar ali, ele tinha um dom especial e pediu para que ele fizesse e falasse o que sabia. Ele apanhou alguns malabares, fez algumas expressões de humor e avançou, e Jesus no colo de Maria sorria, sorria com um sorriso que nenhum outro despertou nele, com aquela alegria inclusive de chegar a bater palmas, e quando estava quase encerrando Jesus estende o braço para que o Frade o recolhesse. O nosso cotidiano não é diferente, nós nos preocupamos muitas vezes com exterioridade de demonstrar as pessoas exatamente àquilo que não somos, de procurar deixar bem visível a nossa nobreza e a nossa generosidade, esquecidos, ou talvez mal avisada de que Deus procura em nós a humildade e que deseja nos recepcionar, exatamente como nós somos, por menores que sejamos no conceito social ou profissional. Nós sempre dispostos a dar o melhor de nós para despertar pelo menos dos outros um sorriso, para levá-los talvez uma esperança ainda que fugidia. Essas atitudes, sem sombra de dúvidas, fazem com que Deus e Jesus sorriam para nós, pois estamos correspondendo as suas expectativas de estabelecer a paz, a concórdia e a prosperidade na terra entre todos, e não apenas e tão somente a alguns chamados ou privilegiados.

2ª História:

Esta história também se dá em um convento, cujas responsabilidades são sempre divididas. E competia a um dos Frades todo dia, por volta do meio dia, servir a refeição na porta do convento aos pobres, esse Frade, em todos os momentos em que se encontrava a sós consigo mesmo, em todos os momentos que de encontrava com Deus de uma maneira mais íntima e objetiva, ele rogava para um dia poder visualizar o cristo em sua cena. O tempo passou, e ele cada vez mais confiante em suas preces, sem perder o ânimo, e em contra partida, sem deixar que o desânimo o assolasse, continuava suas preces. Em um belo dia, um pouco antes do meio dia, quando ele se encontrava em sua cela, Jesus lhe aparece, não se recuperado do espanto de ver o mestre a sua frente, ele escuta o sino do convento iniciar as 12 badaladas, hora de servir a sopa que era sua responsabilidade. Ele olhou para Jesus, pediu desculpas, e disse que deveria cumprir com sua obrigação, e desceu a servir aos pobres, talvez não lamentando de ter uma oportunidade que realmente ocorrera, mais, fora rápida demais, mas estava alegre, serviu a sopa daquele dia ainda com mais prazer. Ao retornar a sua cela, lá encontra Jesus sentado a beira de sua cama, e então indaga:
- Mais mestre, por que não foste embora e me esperaste? 
A que Jesus lhe respondeu:
- Se você tivesse deixado de servir a sopa para ficar comigo eu teria me retirado.

O mesmo ocorre conosco. Quantas vezes nós nos colocamos, até mesmo de joelhos, não mais para pedir, mais para implorar pra Deus que nossa situação, nossa saúde melhore. Quantas vezes acreditamos que realmente podemos ser beneficiados pelas nossas preces e quantas vezes, parece que a oportunidade nos foge e nos mantém refém das situações que nos agonizam. Para tudo existe um tempo, uma lógica, uma determinação. E para cada um de nós existe um mérito, existe a ocasião da realização daquilo que solicitamos. E o que não devemos fazer é perder o ânimo, é julgar que tudo está perdido, que Deus se esqueceu de nós, ou que nós não valemos se quer, uma migalha de pão. Temos que entender que diante da paternidade divina todos nós somos irmãos e todos somos, amados pelo pai da mesma maneira, e que muito do que ocorre conosco é resultado, talvez, das nossas experiências, inexperiências, imprudências, inconstâncias, ou talvez seja uma prova a que estamos sendo submetidos para que se prove de uma falta definitiva no nosso caráter, para que nós cresçamos, definitivamente, como espíritos perfeitos e acabados sob a designação e qualificação divina.

 
3ª História:

Havia um garoto que não primava pela boa educação, embora lhe fosse ministrada. Rebelde, revoltado, vivia sempre a magoar e entristecer seus pais. Em um belo dia o pai lhe chamou a razão e disse a ele:
- Cada vez que fizer alguma coisa errada, cada vez que não nos honrar, provocar tristeza ou lágrimas em alguém eu vou pregar um prego nesta tábua. Eu quero ver quantos pregos eu pregarei.
E assim foi feito, a tábua ficou crivada de pregos. E o garoto já crescido, olhando aquilo e recordando-se do que o pai havia lhe dito, resolveu mudar suas atitudes, para que o pai não pregasse mais nenhum prego nessa tábua, e comunicou ao seu pai. O pai disse que a partir de hoje com cada boa atitude que o filho tivesse ele retiraria um prego. Assim dito e assim feito, ele mudou literalmente a sua maneira de ser e todos os pregos sumiram da tábua. Quando foi tirado o último, diante da mais recente atitude de bondade do filho, o pai o chamou para presenciar aquele ato que ele julgava e tinha como solene. E a redenção do filho pelas atitudes que havia tomado, tirou o último prego e disse ao filho: - Hoje você é um homem digno.
E o garoto olhou a tábua e passou a chorar.
O pai perguntou:
- Por que está chorando?
Ele falou:
- Pelas minhas atitudes.
O pai então falou:
- Hoje suas atitudes são boas e todos os pregos foram retirados.
E o garoto falou:
- Sim, os pregos foram retirados, mais as marcas ficaram.

Conosco ocorre à mesma coisa, toda vez que nós aborrecermos alguém, que nós magoarmos alguém, prejudicarmos alguém, que nos referirmos a alguém, depreciando-a, nós faremos uma marca em nossa alma, e o mais dolorido desta marca é que ela não se cicatriza, se nós não vivenciarmos exatamente aquilo que fizemos de mal grado a outras pessoas, pois nós vivemos pelo julgo da lei das conseqüências que não é ditatorial de forma alguma, que não nos recrimina e não nos condena a penas eternas, mais que nos chama as responsabilidades de nossos atos que deixa em evidência a nossa responsabilidade, que deixa bem claro que nós precisamos percorrer novamente o caminho e concertar o que ficou mal feito, limpar todos os espinhos que jogamos no caminho e feriram os pés alheios para que possamos, finalmente, viver em paz.

 
4ª História:

Essa história é um relato de um fato verídico, que nos leva a pensar o que fazemos da nossa vida, o que fazemos ou disponibilizamos para a vida daqueles que nos são confiados, talvez a guarda, talvez a responsabilidade, talvez a segurança.
São dois homens, nunca se conheceram, habitaram em cidades diferentes. Um extremamente religioso, de ir pelo menos duas vezes por semana na casa religiosa, o outro ateu. O ateu, com uma aparentada rogou que ela tomasse conta de sua irmã, irmã dele, e lhe daria uma casa para ela morar, pessoa simples, humilde e pobre, e o acordo que não tinha nada escrito foi aceito por ambos. Ela cuidou durante 20 anos da irmã e do ateu, e não cuidou para simplesmente ganhar a casa, cuidou com aquela nobreza espiritual, com aquela elevação moral que nós ainda não conseguimos apreender, e evidentemente, muito menos vivenciar. Diga-se que a irmã do ateu tinha problemas mentais, que dificultava sobre maneira. Cuidou até o fim, o seu prêmio em conformidade com o acordo deveria ser uma casa para morar. Ela recebeu a casa e mora, hoje, nesta casa.

O outro, religioso, no seu tempo de solteiro, teve uma filha, que nunca foi reconhecida por ele. Depois se casou, teve outros filhos, a quem ajudou de sobremaneira, dando a sua primeira filha que foi a primeira a despertar a sua paternidade, alguma coisa de básico. Ele tinha algumas posses, como sua filha não ostentava, se quer o seu nome, e isso é uma falta grave, para aqueles que não reconhecem seus filhos, gravíssima, ele veio a falecer e todos seus bens foram repartidos aos seus filhos legítimos. A sua primeira filha não recebeu absolutamente nada. Alguns diriam que poderiam contestar judicialmente, mais cada qual age de acordo com suas próprias convicções, pois para fazer isso teria que perturbar ao seu pai que já havia morrido para fazer exames e uma série de outras coisas. O ateu também está morto. O religioso enterrado no cemitério de uma cidade, e o ateu vivo no coração da mulher que ele pediu um dia que cuidasse da sua irmã, que até hoje lhe é grata e que por extensão despertou a gratidão de todos os seus aparentados.

Isto serve para nós também reflexionarmos, não adianta nós batermos no peito e declamarmos ou declararmos a “mea culpa” de nada fazer, ajoelhar-se diante de altares, ou se postar respeitosos diante dos espíritos, se lá fora, aonde a experiência, a vivência nos solicita que sejamos como nós somos realmente, íntegros e absolutos na forma espiritual, moral e social. Se falharmos lá fora, de que adianta nossas preces, de que adianta carregarmos debaixo do braço a bíblia, de que adianta pronunciarmos, Deus te acompanhe,  Deus lhe pague, se na realidade são palavras mecânicas, puro convencionalismo, nada mais do que isso, pois, o sentimento real, valioso, não está em nossa alma, não viceja em nosso coração, e nós não podemos distribuir o que não possuímos, e de que adianta falar em Deus se no momento especial é o primeiro a ser esquecido. Nós não devemos nos descuidar, do que no inferno, e isto em uma alegoria, evidentemente, mas digamos no umbral, está apinhado de religiosos, e as regiões mais suaves da espiritualidade, estão abarrotadas de ateus, porque nós revelamos Deus, não através das palavras simples e vazias, nós revelamos Deus quando vibramos ao mencionarmos seu nome, quando nós direcionamos nosso pensamento as coisas absolutamente salubres, quando a necessidade de nossos semelhantes nos desperta a compaixão e nos leva a tomar atitudes que dignifica realmente o pai e o filho e a nós próprios. Nós devemos levar a vida de uma forma que os lamentos não perturbem, não deformem as nossas recordações alegres. Viver a vida de uma forma em que não sejamos assombrados em nossos sentimentos por algo que já não nos pertencem ou que deixou de existir. Temos que abraçar a realidade e dar a ela o seu verdadeiro sentido, procurar extrair de todos os momentos aquilo que de melhor existe, pois não tenhamos duvida alguma, com o nosso consentimento ou com a nossa recusa, as dores, as angústias, em nossos momentos agônicos, irão nos visitar, e se tivermos despreparados, muito mais iremos sofrer, portanto, façamos como o Frade malabarista, façamos como o Frade que não descuidou de suas obrigações, façamos como o garoto que se redimiu, façamos como o ateu que agiu dignamente diante do acordo proposto e aceito. E, veja bem, nossas palavras de acordo com o ateu e o religioso não tem o caráter de julgamento, é apenas um relato para que nós aprendamos de uma forma definitiva que devemos honrar os compromissos assumidos, seja como homem, seja com Deus. Que nunca podemos tergiversar, desconversar para não magoarmos estes ou aqueles. É preferível que magoemos a nós próprios, que tiremos alguma coisa de nós para que outros possam sorrir, e não tenha dúvidas, que nós só levaremos para o mundo espiritual, aquilo que nós deixarmos aqui, ou seja, risos, alegrias e felicidade. Portanto aproveite o momento, alegre, contente e feliz da vida e faça da sua vida o repositório de paz e harmonia. Seja enfim, você mesmo, retrate-se, perfila-se como verdadeiro filho, ou verdadeira filha de Deus, pois é realmente o que somos, embora muitos neguem.

Gérson Gomide

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