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A casa e o lar

Palestra do dia 04/07/2011

Existe uma grande diferença entre casa e lar. Casa um profissional especializado constrói e o lar só os seus habitantes podem dar a casa essa condição. É por isso que persiste por tempo duradouro, muitos lares. É por isso que incontáveis casas continuam com este qualificativo, nunca se elevaram a condição de lar. Nós não podemos desconsiderar nunca, que é no lar que nós recebemos, ou deveríamos receber, as lições básicas de comportamento, educação, humanidade e civilidade. Por que é no lar que o ser humano aprende os primeiros passos para seguidamente caminhar com desenvoltura.   É no lar que aprende as primeiras palavras e seguidamente as usa de uma forma responsável e digna. É no lar que se aprende a respeitar o próximo e seus direitos, e seguidamente no convívio que exerce esse respeito. É no lar que se aprende quem é Deus e seguidamente a amá-lo sobre todas as coisas. É no lar dignamente edificado que se observam leis espirituais, de moral, mesmo porque o lar é um templo, talvez dentre todos os templos, o mais sagrado, o mais envolvente ou aquele que realmente nos dá condição não apenas de sobrevivermos, mais de caminharmos na vida a fora. O ser humano dentre todos os animais é o único que sabe distinguir o certo do errado, o justo do injusto. E sabendo disso, do que pode, do que não pode fazer, ou praticar qualquer ato que não corresponda ao nível de edução, que desrespeite as leis morais e espirituais, ele está agindo de uma forma consciente, e em muitos casos de forma premeditada. O básico para o animal é alimentar-se e procriar, ele não tem condições, se quer, de saber se sua ação de se alimentar ou procriar é correta ou incorreta. O ser humano sabe, sabe por que a pouco mais de cinco mil anos, foi transmitida através da escrita de Moisés, por Deus, leis básicas que deveriam ser observadas para uma convivência, se não pacifica, pelo menos tolerável entre a família e a comunidade. 

Porque foi escrito de forma eterna algumas proibições taxativas, incisivas e absolutas:
- Não matarás.
- Não furtarás.
- Não cobiçará a mulher do próximo, o que vale também, para o homem da próxima.
- Não prestará falso testemunho.
- Não cobiçarás os bens alheios.
Entretanto, transcorrido pouco mais de cinco milênios, ainda nos deparamos com agressões, às vezes gratuitas, do ser humano. Daquele que ainda não assumiu a responsabilidade de viver em uma comunidade cônscia de seus deveres e sua responsabilidade. E isso se deve basicamente a sua estrutura familiar. Porque não recebeu, lá atrás, o não taxativo, nunca escutou o não faça. E outras palavras imperiosas, deveriam não bailar nos lábios, mas sim nas advertências paternas tanto por parte dos pais quanto das mães, para refrear as tendências do filho. Para exatamente ensinar-lhes a conviver primeiramente dentro de casa, respeitado seus ancestrais e não menosprezando aqueles que vieram ao mundo em época quase igual a sua ou posterior a sua. Se nós não proferirmos dentro de casa, aos nossos filhos, a negativa predisporia do não, e vergarmos sempre as suas exigências, correspondendo sempre aos seus anseios por mais absurdos que sejam, ou inconseqüentes, nós estaremos criando, não educando, mas criando alguém que não está preparado, ou não está se preparando a vida fora de casa. Enfrentar toda sua adversidade e agressões, por que não ouvindo um não dentro de casa, não vai jamais esperar ouvir fora, não vai tolerar ouvir fora, seja num ambiente profissional ou em qualquer lugar. Em algumas situações ele pode até não aceitar o não, mais esse será metido goela abaixo e ele terá que engolir, porque como está no evangelho, nossas palavras devem ser, sim sim, não não, mas sim coerentes, não pronunciadas de formas diversas, dizer sim quando deveria dizer não e dizer não quando deveria dizer sim. Na mesma proporção e equivalência, nós devemos ouvir o sim e o não, para que aprendamos a nos disciplinar, para que aprendamos a conviver de uma forma digna. Os lares bem estruturados, ou aqueles que se esforçam em ser, não criam em casa pequenos ditadores, e sim, filhos na concepção exata e profunda do termo.
O lar tem que ser forçosamente um ambiente de compreensão, de liberdade, primeiramente entre os lideres naturais, pai e mãe. Porque só ensina liberdade, só vive liberdade quem a tem. E só ensina responsabilidade com liberdade àquele que a exerce. Não podemos exigir dos nossos descendentes que eles hajam com responsabilidade absoluta quando nós fugimos com os deveres para com eles. Dentro do lar bem estruturado existe a confiança, a confiança absoluta entre um e o outro. E evidentemente é transmitida aos filhos, talvez não com palavras, talvez não com gestos, mais por assimilação vibracional, pelo exemplo de comportamento. Há de existir também compreensão, e esta compreensão é abrangente e nós a exercemos exatamente quando alguém de dentro do nosso lar comete algum deslize. Não devemos nos arvorar jamais em juizes ou executores. Não devemos, sob hipótese alguma, castigar os nossos filhos por suas falhas ou imprudência, mas devemos, isto sim, chamá-lo a responsabilidade e dentro do possível obrigá-lo e a palavra é essa, a ressarcir o dano ocasionado. Se dentro de casa, quando ele fraudou os sentimentos, quando ele não correspondeu às expectativas, quando ele deixou de agir como um filho, repor os sentimentos, repor a conduta, e tratar os seus pais, seus irmãos, enfim, todos os aparentados, aqueles que compõem o lar, tratá-los de forma digna e usar da humildade para reconhecer a sua falta, a sua imprudência e desculpar-se por ela, ou buscar o perdão por ela.
Nós não podemos ter dentro de casa um comportamento e fora outro, por que neste particular se agirmos de forma diferenciada no lar e fora do lar, nós assumimos duas personalidades. Uma dentro de casa, já não um lar, como ditadores arrogantes. Fora de casa, no emprego, como um funcionário servil, como um colega absolutamente compreensivo e bom. E muitos que são ótimos para os amigos, entretanto faltam dentro de casa. Em casa assumem uma outra postura. Sem considerar de que em casa, se houver disciplina, se houver o entendimento, nós temos a platéia sempre ao nosso favor. Em casa não é preciso o homem segurar a barriga para aparentar que é esbelto, não precisa a mulher se maquiar para se apresentar, por que todos são favoráveis.
Um lar bem construído, harmônico, não se encontra defeitos entre os seus coniventes, encontram sim qualidades, virtudes, exemplos, encontram a vontade de sempre, sempre, usufruir deste convívio. Na casa onde todos reclamam à falta do pão, e o pão pode ser carinho, pode ser amor, pode ser compreensão, pode ser um tempo, o silêncio, a palavra, onde todo mundo reclama a falta de pão, todo mundo grita e ninguém tem razão. Num lar bem estruturado não há falta de pão, todos estão intimamente, em termos de sentimentos, de convivência, de reciprocidade, absolutamente satisfeitos. E toda vez que em uma casa, veja bem, porque eu distingo muito bem casa de lar, toda vez que em uma casa um reclama do outro, cria-se uma instabilidade magnética dentro desta casa, porque todas as paredes da casa, ou do lar, estão revestidas com o nosso magnetismo pessoal, o nosso magnetismo psíquico, e mais, brilham, ou rebrilham, ou são opacas de acordo com as nossas vibrações, ou seja, a casa ou o lar é o retrato exato do que nós somos. E são reconhecidos, acreditem, pelos espíritos desencarnados passantes, se um lar estabilizado, onde se pratica a justiça, a bondade, reveste de uma áurea clara, não importa a tonalidade, mais é uma áurea clara e é reconhecida por todos os espíritos, os bondosos encontram nesta casa um refúgio, um local para seu descanso. Se ela tem uma vibração, um revestimento claro, aqueles infelizes que poderiam perturbar fogem, por que sabem que esta não é a vibração condizente a ele. De outra forma, se a casa é revestida de uma vibração fraca, cinzenta, não impede que os espíritos esclarecidos nela habitem, mais é o ponto de encontro de espíritos infelizes.
Pensemos bem, e toda vez que nós reclamamos de alguém dentro de casa, nós aumentamos o nosso inconformismo, a nossa mágoa. Todas as vezes que nós destacamos alguma contra virtude, ou alguma qualidade não abonadora em algum dos habitantes, nós estamos contribuindo de uma forma marcante para que este lar continue instabilizado, para que nós nos sintamos mal, cada vez pior. Ao contrário a casa onde se celebra a concordância, a suavidade, a passividade, nesta casa, ninguém reclama de nada, não encontra motivos para reclamar, deixa sempre em evidência a sua compreensão, paciência e tolerância, e em destaque maior, o seu amor.
Muitos, isto nas residências mais humildes, colocam uma plaquinha na parede escrito, lar doce lar, mais para colocarmos alguma coisa na parede para dar o sentido verdadeiro ao lar, nós precisamos primeiro fazer destas palavras um místico e colocá-las de ponta a ponta em nosso coração. Porque aqui no nosso peito e na nossa alma em nós por inteiro é que nasce e prospera o lar verdadeiro e ele é acreditem, o retrato do que nós somos. Se existem perturbações dentro da casa, os maiores perturbadores são os seus habitantes, Se existe paz e tranquilidade, isso é transmitido por todos aqueles que a habitam. E é fácil, às vezes, distinguirmos uma casa sem estrutura de um lar. É quando saímos cansados do serviço e não gostaríamos de chegar em casa, quando preferirmos às vezes parar num bar, fazer hora para chegarmos o mais tarde possível, para não ter que dar satisfações, para não ouvir sermões e assim por diante, ou simplesmente para não olhar no rosto daqueles que habitam a casa. Quando no lar é diferente, é o nosso refúgio, o lugar onde nós encontramos paz, onde nós temos um colo para repousar a nossa cabeça, onde nós oferecemos o nosso colo para que alguém repouse a sua cabeça. Não adianta numa solenidade religiosa nós dizermos:
- Fiel até o fim da vida.
- Juntos na dor e no sofrimento.
- Até que a morte nos separe.
Tem a característica, a conotação de um juramento. E toda vez que nós prestamos uma jura, se ela não atende simplesmente a convenção religiosa, ou social, mais sim uma manifestação do nosso desejo, daquilo que sentimos, nós devemos respeitá-las, por que está no evangelho:
- Que o homem não separe o que Deus uniu.
Mais isso não quer dizer que seja absolutamente abominável o divórcio ou a separação, isso quer dizer que ninguém deve se intrometer em uma vida íntima e abrir um casamento. Mais se durante essa vivência, esta convivência não for possível manter os laços, que se aja com dignidade, com responsabilidade, que não seja mesquinho nas posses e nas palavras, se prestou um compromisso lá atrás, que este compromisso seja duradouro até este momento, e procurar despedir-se, desfazer a sociedade, mas com dignidade de tal forma que se mantenha sempre a amizade, o respeito e a estima, porque estes são valores absolutos que nós devemos cultuar e carregar conosco ao longo de nossas vidas. Não importa o que venha nos acontecer, ninguém é obrigado a amar até o fim, ninguém é obrigado a suportar até o fim da vida. Mais num lar, se ele vem a romper-se, a que se colocar, acima de tudo, o amor e a responsabilidade e acreditem, isso é possível, é possível em qualquer sociedade, rompê-la e manter um vinculo de afetividade com os outros sócios.
Pensemos bem antes de tomarmos qualquer atitude, se estamos sendo responsáveis, se não estamos sendo negligentes, egoístas, se não estamos dando apenas e tão somente uma face, que é exatamente aquela que nos convém. Porque em todas as ocasiões, por mais simples que sejam as nossas faltas, nós seremos chamados as nossas responsabilidades, irão perguntar o que foi feito do talento que nos foi dado, se ele realmente tem a característica de uma boa ação que recebemos, ou se ele assumiu a característica de usurpação. A finalidade da religião, e na sua própria origem diz que é religar. Religar o que a quem? Religar o homem, o ser humano, a Deus, pois em determinados momentos o homem passou a andar sozinho, julgando que é dono da sua vida e que ele pode imprimir ao seu destino a sua diretriz. Não, nós precisamos de uma religião para que nos esclareça de uma forma definitiva, o que é certo e o que é errado. E nós a encontramos já de início nos dez mandamentos, dentre estas condições que eu mencionei, alguns aconselhamentos, e não custa por em prática, mais não levar exatamente ao pé da letra, mais dar uma amplitude à esses mandamentos:
- Não matarás
Não matarás além dos nossos semelhantes, não matarás ilusões. Não destruirás fantasias, não matarás sonhos.
- Não furtarás.
Não furtarás não só o bem, mais o tempo, não furtarás a dedicação de alguém.
- Não prestará falso testemunho.
Não mentirás para alguém sobre alguém, e assim por diante.
Procurar aprofundar nesses mandamentos, mais sem esquecer-se das duas recomendações essenciais para uma sobrevivência digna na Terra, em todos os lugares onde nós encontramos, seja no céu, no paraíso ou na terra. Porque quem exerce essas recomendações que vou citar mais a diante, vive em paz, jamais no inferno, e tão pouco tem esse inferno dentro de si. Essas recomendações abranje tudo, tudo, o que está nos dez mandamentos.
- Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo.
Quem exercer dentro das suas possibilidades, ainda que dentro das suas limitações, esses aconselhamentos, sem sombra de dúvida, faz da sua casa um lar e no seu coração um repositório de sentimentos, no qual brilha ainda mais o amor.

Gérson Gomide

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