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Se eu soubesse...

Se eu soubesse que é possível viver ultrapassando as medidas e o grau habitual, teria me cuidado mais para chegar jovem à velhice, viajando pelo futuro abraçado a sonhos e ilusões; entretendo a alma, esculpindo o coração para que ambos refletissem as luzes alheias e irradiassem as próprias.

Se eu soubesse que poderia escalar os Alpes e do topo observar a planície por onde caminhei, teria me arriscado mais e dado forma e vida aos ideais que me têm iluminado o caminho; teria me manifestado com mais confiança e vigor nas atitudes e palavras.

Se eu soubesse que poderia sadiamente vencer tanto o adversário que me desafia como aos próprios desafios íntimos, teria renovado minha bravura e determinação para enfrentar a vida e descobrir a Verdade, o Caminho, a Bondade, a Beleza, sem jamais me estragar pelo sucesso e sem me corromper pela vaidade.

Se eu soubesse que podemos sempre sobreviver às tempestades e aos desatinos que destroem as posses e ameaçam a paz de nossos momentos, teria conhecimento de que as dores, de uma forma ou de outra, são curadas ou se curam, e que as cicatrizes de mágoas e angústias vencidas são medalhas de honra e mérito que a vida confere aos que superam dificuldades.

Se eu soubesse que distante de Deus e do ser humano não existe conjunto de atividades e funções, teria sido generoso o suficiente para repartir espaços e conhecimento; para solidarizar e amparar. Teria falado mais e talvez silenciado menos. Far-me-ia presente e marcaria presença nos sorrisos e abraços.

Se eu soubesse que nos arrabaldes da religião não existe fé que transporte montanhas ou que remova dores, descobriria como o gênio descobriu, que existem apenas duas maneiras de viver: uma é viver como se nada fosse um milagre; a outra é considerar que tudo é milagre. Milagre que podemos não só viver, mas, seguramente, realizar.

Se eu soubesse que a vida é um poema soberbo, agiria de forma mais decidida dedicando mais atenção aos versos, estrofes, rimas e composição, rasgando os manuscritos que afirmam sob o aval das atitudes de pessoas insensíveis que quanto mais idoso é o ser humano, mais forte é o vento; que a invernia enregela até a alma. Reconheceria que algumas gotas da chuva e de lágrimas são o pranto dos Anjos.

Se eu soubesse que é notavelmente saudável visitar o passado sem nostalgias ou pensamentos envelhecidos, sem sentir-se fora do mundo ou da realidade e sem menosprezar o presente, deixaria à vista de todos que os dias vividos foram maravilhosos e que os por viver também poderão sê-lo, bastando crer que a idade não importa, a menos que você seja um queijo de qualidade aprimorada ou um requintado vinho. Eu saberia que só os fortes conseguem envelhecer e que isto é um privilegio de lutadores.

Se eu soubesse o quão nobre foram as atitudes e os sentimentos daqueles que me preferiram na amizade e na afeição, eu teria sido, com relação a estes, de presença mais constante, de atitudes e comportamento mais enobrecidos. Eu seria mais decidido, mais afetuoso, sem grandes, arrasadores e temporários transportes de eloqüência e críticas.

Se eu soubesse tantas coisas e se tantas coisas pudesse fazer eu as farias. Se eu pudesse mudar o Mundo, eu o mudaria.

Sim mudar o mundo... Mudar o mundo? Mas isto eu posso.

Posso sim, posso não mudar o do alheio, mas posso modificar, melhorar, ampliar, ilustrar, rebrilhar o meu próprio, meu espaço, meus sentimentos, minhas esperanças. E isto não custa muito e demanda pouco tempo.

Palestra do dia 28/09/2009

Gerson Gomide

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