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A guerra e a paz

Palestra do dia 11/07/2011

Que a paz e a harmonia caminhem lado a lado com todos os irmãos!

     Meus queridos irmãos, minhas queridas irmãs, hoje escutando as palavras do irmão eu me recordei de dois fatos verídicos, provavelmente do conhecimento de alguns e que hoje invadiram a minha memória, principalmente no que se referem à selvageria humana, ainda estampada nos jornais, nos meios televisivos que contamina e que contagia a mente e a alma de muitos.
     Quantas vezes, nós não pedimos, se não imploramos, para que os irmãos se afastem de programas radiofônicos, muito comuns a algum tempo atrás, onde levavam 40, 50 minutos para um crime ser narrado em seus mínimos e mais tenebrosos detalhes.
     Os irmãos acham que escutam algo assim sozinhos, por que talvez alguns ainda infelizmente se deleitem em escutar as barbáries, as selvagerias de alguns, mas ficariam apavorados, se por um instante somente a sua vidência fosse aberta e vocês pudessem ver, por um instante, as dezenas de espíritos que estão verdadeiramente bebendo o sangue derramado, que estão se locupletando com a narrativa trágica.
Afastem-se disso!
Mudem a estação do rádio, do televisor, busquem coisas mais agradáveis, Jesus nos disse:
- Orai e vigiai.
     Já é difícil vigiar pensamentos no silêncio, por que muitas vezes invadem os escaninhos mais íntimos da nossa mente tentando romper as caixas de Pandora e muitas vezes nos pegamos pensando o que não deveríamos, isso no silencia, imaginem sendo bombardeados por crimes, tragédias, desgraças. Essas as quais os irmãos não têm interferência alguma.
     Por que é muito diferente meus irmãos, escutarmos a dificuldade, a tragédia pessoal de um vizinho, arregaçarmos as mangas e ofertarmos algo. Aí sim se aplica muito bem os ouvidos de ouvir que Jesus nos disse e nos recomenda, e não estas tragédias que nos impõe companhias desagradáveis do mundo espiritual e que nos imputam uma carga negativa da qual não precisávamos acoplá-la a nossa alma.
     O homem ainda tem muito que aprender, tem muito que despertar, essa é uma terra de provas, de expiações, como vocês escutaram agora, e muitos precisam palmilhar o inferno, sentir a dor no fundo da alma para sonharem em conquistar o paraíso, o céu, a paz, e para quando estiverem caminhando entre a paz e a tranquilidade, valorizá-la mais do que nunca, e não se apegar simplesmente bens materiais e coisas supérfluas.
     Durante a 1ª Guerra Mundial, na fronteira entre a Alemanha e a França, até então o mundo jamais havia visto tamanha selvageria. Pelas armas serem ainda toscas, rudimentares, as trincheiras muitas vezes se separavam entre alemães e franceses na distância de cem metros, e a artilharia vinha de todas as formas.
     Corpos eram deixados ao relento, o cheiro de ambos os lados, de ambas as trincheiras eram insuportáveis, não mais o cheiro da morte, mas a morte já estava impregnada em cada infeliz soldado de ambos os lados.
     De repente nos encontramos no dia 24 de dezembro, e se não me engano de 1915, perto da meia noite os alemães começaram a entoar uma canção de Natal, entre uma salva de tiros e outra, começou a se ouvir uma canção natalina. Canção essa perfeitamente compreendida pelo lado francês, por que se não sabiam o idioma alemão, entenderam o ritmo, a melodia, e num impulso, e vejam bem, para que os irmãos entendam as minhas palavras, às vezes é preciso estar no inferno para se mostrar civilizado ou pelo menos como um ser humano, e num impulso os franceses começaram a entoar ao mesmo tempo, no mesmo ritmo, mas no próprio idioma, a mesma canção. Já não se ouviam mais os tiros, aquele som que vinha de um lado e de outro na fronteira e despertou a curiosidade mútua, e ambos começaram a cantar cada vez mais alto.
     De repente em um ímpeto, quase que como num ato de suicídio, alguns soldados alemães saíram da trincheira e caminharam alguns passos rumo à trincheira inimiga. Os franceses vendo aquilo fizeram o mesmo, e em poucos instantes aqueles bárbaros esboçaram um rascunho do que deveria ser a civilidade humana.
     Os alemães tinham carne e frango, os franceses tinham vinho. Fizeram uma enorme fogueira, se aqueceram e o vinho francês embebedou os soldados alemães, e a carne alemã forrou o estômago dos soldados franceses. Eles perceberam que por um instante, um dia aquela guerra acabaria, mas o Natal era maior, mais duradouro, mais sagrado e perpétuo e continuaria para sempre e se confraternizaram como seres humanos, e eu diria que foi um rascunho, por que bastou o raiar o dia 26, por que no dia 25 ninguém disparou um tiro, bastou raiar o dia 26 e os comandantes já sabendo o que tinha acontecido, ameaçou os soldados de corte marcial se não voltassem a combater imediatamente e a guerra perseguiu.
     Em 1942, e hoje já está virando aula de história, o Bismarck, o mais temido navio alemão da época, que já havia provocado o naufrágio de diversos navios aliados, que havia deixado os ingleses em polvorosos, por que o orgulho da marinha real não durou 10 minutos na frente dele.
     O Bismarck foi cercado por diversos navios. Atacado, ele contava aproximadamente com 5 mil homens a bordo. Atacado por navios ingleses que estavam sedentos de vingança, rancorosos por estarem de fronte a um navio temido, tido como indestrutível, o Bismarck foi cercado e após uma batalha que começou com aviões e terminou com torpedos, o Bismarck foi afundado. Dos 5 mil homens, pouco mais de uma centena sobreviveram.
     Corpos boiavam por todos os lados. A marinha inglesa recolheu os sobreviventes e os quase 8 mil homens que participaram desta batalha calaram-se por um momento e nenhum homem ousou comemorar, por que por um instante enxergaram no inimigo um ser humano, sabiam que a vida humana era frágil, que a linha da vida muitas vezes é tão fina, que pouco importava a cor do uniforme que vestiam, pouco importava a bandeira que defendiam, pouco importa de que lado estavam da fronteira.
     Foi o minuto de silencioso mais longo da história. Recolheram e trataram muito bem os sobreviventes, por que já haviam sentindo na pela a barbárie, que é a guerra,
     Hoje o homem pensa uma, duas, dez, cem, mil vezes antes de disparar o primeiro tiro. Em termos continentais está melhorando, sim, mas a passos lentos, a passos vagarosos.
     E o que nós temos com isso, talvez um ou outro aqui nesta casa perguntem?
     E eu respondo:
- Quantas vezes você entrou em guerra com você mesmo?
     Nos anos cinquenta, Walt Disney através de seu personagem o Pateta, mostrou um homem manso, calmo, pacato, pacífico, mas que quando assumia o volante de um automóvel virava um monstro, de cachorro virava um lobo. Seus dentes afiados sobre-saltavam da boca, seus olhos vidravam e ele não via mais ninguém a frente. Atropelava a todos e conduzia o automóvel como se fosse o único, arrumando confusão por todas as ruas e esquinas que passava.
Quantas vezes vocês não se comportam de forma igual?
Quantas vezes não deixam à ira se sobrepor à razão?
Quantas vezes não falam mais do que devem apenas para magoar, humilhar, ofender e de forma covarde muitas vezes, por que tratam do assunto da pessoa em questão quando ela não está presente.
Estou nesta casa desde as 6 horas da tarde e escutei a pouco alguém dizendo fale sobre a paciência.
Como é fácil ter paciência quando tudo está bem, mas não vale nada.
A paciência vale quanto todos os outros estão desesperados a sua volta.
A paciência vale onde todos dizem que você não consegue. E você consegue.
A paciência vale quando você é o último a proferir palavras, proferir opinião, esperando os fatos e acontecimentos da vida, antes de ser o primeiro a se desesperar.
A paciência vale quando você a cultiva, por que a paciência não é um livro que você vai ler e aprender a ter paciência. A paciência é perseverança, é persistência, é determinação em cada vez fazer melhor, para fazer uma vez só, em cada vez se conter mais.
     Porque não adianta se preocupar com a fera que habita em almas e corações alheios, se preocupe com a sua fera, se preocupe com a que habita dentro de você e como naquela exposição clássicas que os irmãos já devem ter visto milhares de vezes, num ombro o anjinho, no outro ombro o diabinho.
Qual dos dois vocês escutam mais?
Qual lhe aconselha melhor?
Quantas vezes não é muito mais prazeroso escutar o diabinho, e cometemos nossas pequenas vinganças, pequenas trapaças, fraudando a vida.
     Ah, mas ninguém está vendo.
     Mas o diabinho e o anjinho para começar estão vendo.
     Sem contar o mundo espiritual, e o pior de tudo, a sua consciência está vendo e é ela que quando vocês passam para o mundo de cá, para o verdadeiro reino prometido por Jesus, é ela que é o verdadeiro tribunal que irá te julgar.
     A sua consciência plena, sóbria que vai transformar o anjinho no seu advogado de defesa e o diabinho, que você tantas vezes escutou, no promotor e depois ele ainda vai querer fazer questão de ser o carrasco.       
     Então, meus irmãos, vigiem seus atos, vigiem as suas palavras, se não tiver nada de bom para dizer cale-se, cale-se como Jesus fez na frente de Pilatos. Cale-se por que não são as palavras que convencem as pessoas. Não! São os gestos.
     É a capacidade de cantar uma canção de Natal e se unir com o inimigo para confraternizar, mesmo que um não entenda o que o outro está dizendo. É o gesto de se manter em silêncio depois de ter feito aquilo que foi obrigado a fazer, como no caso do Bismarck.
     A vida nem sempre é só sim, ou só não, passa por talvez, passa por senão e muitas vezes nós não sabemos de imediato o caminho a tomar. Quem aqui já não teve dúvidas, e muitas vezes à dúvida é tão grande que você olha para o anjinho e ele faz aquela cara de não saber o que dizer, olha para o diabinho e nem ele sabe te responder, por que temos dúvidas, temos impasses nas nossas decisões.
E qual é o remédio?
Qual é a solução para isso?
     Ah, vou correndo no centro e pergunto para o Mássimo, para o Zuza que eles devem saber.
     Não!
     Em primeiro lugar mantenha-se em oração, aprenda a pedir a aquele que pode lhe responder, a Deus. E para falar com Deus eu já disse isso uma dúzia de vezes, você não precisa de intermediário, meu irmão, minha irmã, você não precisa se ajoelhar, você não precisa vir no centro ou em uma igreja, você precisa de um instante de silêncio, você precisa de um pouco de paz, você precisa se concentrar e abrir o seu coração e contar a Deus de seus arrependimentos, mas os seus arrependimentos têm que ser sinceros, e orar com fervor, e colocar a sua vida nas mãos de Deus, afinal foi ele que nos deu a vida.
     Coloque-se nas mãos de Deus, e peça, não a resposta pronta e completa, não que tirem o problema da sua frente, que vá pousar no colo do outro, na infeliz mente de alguém. Não! Mas peça ao pai um sinal, peça ao pai uma luz e mantenha-se vigilante, mantenha-se atento e em pouco tempo Deus responderá para você.

Que Deus na sua infinita bondade abençoe e ilumine a todos nós meus queridos irmãos!

Mássimo




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