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Histórias


 comunicação de 20/06/2011


Que a paz e a harmonia, caminhem lado a lado com todos os irmãos.
Boa noite, queridos irmãos, queridas irmãs, eu gostaria, também, de começar com uma história.
Nosso irmão Hilário Silva, através das mãos do médium Francisco Cândido Xavier, nos trás fato verídico de rico fazendeiro do estado de Goiás, que a beira da morte era cercado pelos seus quatro filhos que lhe buscavam suprir todas suas necessidades. Consciente da doutrina espírita, da sobrevivência da alma e da vida nas esferas espirituais, chamou os quatro filhos e repartiu toda a fortuna. Cada um levou seu quinhão em propriedades, títulos, ações, jóias e tudo o mais, e ele fez quatro filhos ricos. Passado alguns dias, os filhos desapareceram. Era raro um telefonema, era raro uma visita, era mais raro ainda perguntarem se o pai de algo precisava.
Passado mais ou menos um ano, o fazendeiro vizinho, amigo de décadas deste irmão, retorna de uma longa viagem e resolve lhe prestar contas, pois há muito tempo atrás, este irmão havia investido uma pequena fortuna com ele. No acerto de contas, o pai, esse nosso irmão, recebe uma grande fortuna do dinheiro investido no pretérito, e que hoje lhe somou uma grande quantia. Passado alguns dias, os filhos voltam a cercar o pai já sabendo que o pai voltou a ser um homem rico. Cuidavam novamente de tudo, questionavam a temperatura do chá, a quantidade de açúcar do suco, o sal da comida, a maciez do travesseiro, a textura dos lençóis, enfim tudo, e o pai viveu por mais algum tempo, e disse a todos os seus filhos, quando eu desencarnar, abram o cofre e fiquem com o meu tesouro, e assim foi feito. No dia que o pai desencarnou, rapidamente providenciaram o enterro com um breve velório e como em disparado foram ao cofre do pai resgatar a nova pequena fortuna. Quando abriram o cofre encontraram somente um velho e surrado “Evangelho Segundo o Espiritismo” marcado no capítulo 14 com um pequeno pedaço de papel. Naquele papel, tudo o que ele havia feito com a fortuna, distribuído a hospitais, instituições e todos aqueles que necessitavam, marcado no capítulo 14, os filhos leram o título “Honrai Pai e Mãe”, e escrito a lápis, embaixo do título pelo próprio pai, mesmo que por piedade filial.
Essa história tem 50 anos, e hoje, eu me recordo ainda das palavras de Maquiavel que dizia: “O Homem sofre mais com a perda de seu patrimônio do que com a perda de seu pai”. E hoje, vemos infelizmente, pais criando herdeiros, se esquecendo do amor, da moral, do exemplo, da dedicação, para simplesmente mostrar ao seu filho que a vida é uma competição, que ele tem que ser o melhor, que ele tem que chegar primeiro, que o ser humano só tem valor quando tem conquistas materiais. E aqui do nosso lado, queridos irmão e queridas irmãs, todos os dias, desembarcam centenas, milhares de irmãos de mãos vazias, porque julgaram que escrituras e ações, que dinheiro, que posses, seriam os degraus para alçarem e conquistarem os céus caíram na ilusão da carne, construíram, cada um a sua maneira, a sua pequena Torre de Babel, e quando chegam e desembarcam no mundo espiritual, percebem que nem o espírito sadio conseguiram trazer, pois são aqui analfabetos, porque aprenderam a linguagem dos homens, do dinheiro, mais se esqueceram de aprender o idioma do Cristo, se esqueceram do perdão, do amor, da fé e da caridade, se esqueceram das palavras de Francisco de Assis: “É dando que se recebe” . 
   Não, não e não, é tudo para mim e nada para os outros. O meu melhor amigo é o dinheiro que tenho no bolso, quando na verdade o abraço não custa nada, quando na verdade os irmãos todos os dias se deparam com frases que dizem assim:
- Você já abraçou seu filho hoje?
- Adote seu próprio filho antes que os traficantes façam.
Parece que os traficantes estão vencendo. Antes pais morriam pelos filhos e filhos morriam pelos pais, hoje virou uma contabilidade, quanto eu posso ganhar, quanto eu vou herdar, e se esquecem que a vida é curta, que todos nos atravessamos o ventre feminino, desembarcamos na carne sem absolutamente nada. E depois de percorrer uma jornada de 70, 80, 90 anos, o que deixamos para trás? Quantos derramariam uma lágrima quando formos obrigados abrir a porta de sepultura, a passarmos pelo mundo invisível e encontrarmos o reino dos céus?
Jesus foi claro, meu reino não é deste mundo, mais infelizmente, muitos acham que é, e compram e vendem Jesus de todas as formas, como diz o nosso querido irmão aqui do lado, no atacado e no varejo, e por um instante não tem a coragem de tomar para si a vida do mestre, de estender uma mão, de esticar um sorriso, de proferir palavras que levantem aquele que está caído, e dar esperança aquele que já não acredita em mais nada, de alimentar o estômago faminto, de cobrir o corpo desnudo, tremulo de frio. Não precisam curar os doentes, libertar os possessos, mais, precisam sim, levar a paz e deixar a paz principalmente entre aqueles que não a conhecem. Quantos não fazem de sua própria casa um inferno? São tachados como ovelhas negras na família, mais nem ovelhas são. Fazem tudo, absolutamente tudo, para machucar aqueles que compartilham o mesmo sangue, o mesmo teto, aqueles que um dia passaram fome, talvez, para alimentá-lo. 
   Quantos não fazem de sua própria casa o lugar mais infeliz do mundo? E depois, irmãos, quando o tempo que jamais para, avança, quando ele é obrigado a palmilhar a própria vida em sua jornada singular, e geralmente sozinho, começam a lamentar que não cruzam com a felicidade, que não aloja a paz em sua alma, que não encontra momentos de alegria, e se esquecem de olhar para trás, por isso reflitam sobre tudo o que foi dito hoje. Não deixem os talentos guardados, se você é um palhaço, faça uma criança sorri. Não deixem para amanhã a sua obrigação de hoje, se você assumiu um compromisso, seja ele qual for, faça. Não se importe com as cicatrizes da vida, apenas aprenda a não ferir mais. E acima de tudo, antes, muito antes de dobrar os joelhos, de levantar o pensamento a Deus, a Jesus, ou a quem quer que seja, olhe a sua volta, veja quem precisa de você. Antes de buscar a Deus, seja você o pequeno Deus a socorrer a quem necessita. Por que no instante que você está com as mangas arregaçadas, no instante que você está ajoelhado servindo, no instante que o problema do ser humano alheio, do outro, for o seu problema, os seus problemas diminuem, os seus problemas amenizam, os seus problemas desaparecem. 
   Quem vive servindo não tem tempo para dores, para mazelas pequenas, não alojam no seu corpo físico, pequenas doenças. É o trabalho, o mesmo trabalho que o Pai teve lá na gênese, que de uma forma figurada criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, apenas para dar o exemplo, irmãos, de que o trabalho em benefício próprio, em benefício da família, em benefício do próximo, o trabalho, seja ele qual for, é a locomotiva que vai te levar para o progresso do corpo da mente da alma, enfim de tudo. Somos feito a imagem do Pai Todo Poderoso, tudo podemos na medida exata em que acreditamos, mais, não se esqueça, ninguém chega ao pai sozinho, é preciso chegar ao pai através das preces alheias, através das lágrimas derramadas no dia do seu enterro, através da verdadeira morada, o verdadeiro imóvel que você constrói, mais que não tem escritura, por que é quando você começa a habitar no coração dos outros, essa é a verdadeira posse.
E para encerrar, já que hoje foi o dia das histórias, não foi?
   Certa feita em uma tribo, o cacique chefe em idade muito avançada, resolveu escolher um novo cacique, pois ele sabia que ele faria, nas palavras dele, a grande viagem em pouco tempo. Ele tinha, não um filho de sangue, mais, um preferido chamado Machado Amarelo, e ele gostaria muito que Machado Amarelo fosse o novo cacique. Mais ele não podia simplesmente nomeá-lo, pois havia muitos jovens fortes na tribo, e muitos que também poderiam pleitear a nova liderança, então ele resolveu fazer uma competição. Havia perto da aldeia uma montanha íngreme com uma pequena estrada que levava ao topo e do outro lado, estrada alguma, deveria ser escalada com bravura. Ele propôs a todos aqueles que desejassem ser o novo cacique que fizessem aquela escalada e que entre os primeiros, a chegarem lá, ele escolheria o novo líder. No amanhecer do dia escolhido, ele e mais alguns anciões da tribo subiram pela estrada e se postaram no topo pra darem o sinal de partida. 
   A competição foi acirrada, pois ao contrário do que ele imaginava, quase a tribo toda, queria o cargo que ele estava oferecendo. Havia até homens mais velhos do que ele e adolescentes no meio. Ele subiu ao topo e deu o sinal, e todos correram pelo lado difícil da montanha. Passado algumas horas, os primeiros, os mais fortes começaram a chegar 1, 2, 3, 10, 20 e Machado Amarelo ainda não havia aparecido. Passado quase uma hora do momento que os primeiros chegaram, quase todos que haviam entrado na competição já haviam chegado, somente aqueles que tinham mais dificuldade iam chegando e o cacique não entendeu nada. Onde está Machado Amarelo? Não se contendo, levantou junto com os conselheiros, e com todos os que já haviam chegado e foram até a beira do precipício, da montanha, para ver o que estava acontecendo. Quando olharam para baixo se depararam com uma cena única, Machado Amarelo estava ajudando os mais velhos e os que tinham mais dificuldades a cumprir a jornada. Pendurado no meio da montanha, estimulando e carregando aqueles que necessitavam. Tomados de uma grande emoção o cacique não precisou dizer nada, e todos aqueles que chegaram muito antes entenderam quem deveria ser o novo cacique, aquele que pensa e principalmente que age pela coletividade.
Eu acho que de história chega por hoje, não é irmãozinho?
Já está na hora, o homem da torre já está chamando. Muito obrigado pela paciência e pela oportunidade que os irmãos nos dão.
Que o pai na sua infinita bondade proteja, abençõe e ilumine a todos vós queridos irmãos.
Boa noite!

Mássimo

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