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A herança de cada um

Palestra de 21/06/2011

Que a paz de Jesus esteja em vossos corações!

     Hoje nós ouvimos um assunto de morte, mais é bom a gente extravasar em uma reunião como essa, os receios, e falarmos nossos desejos. E a morte, como todos sabem, é a única coisa absolutamente matemática e irrevogável, a única coisa que nós temos a absoluta convicção de que irá ocorrer após o nascimento, e o desenlace. Então deveríamos acostumar com esta idéia, que ela venha num tempo muito mais distante, sem sombra de dúvida, é o que todos desejam, principalmente, os que levam uma vida mais suave, mais amena. Dentro da religião católica, nós temos alguns momentos religiosos felizes e tristes, felizes, por exemplo, o batismo que é a entrega do filho para o Pai verdadeiro que é Deus, o reconhecimento e a aceitação de uma religião que irá acompanhar aquela criança, depois em seqüência, na consolidação a reencarnação, a crisma que é quando definitivamente o espírito se incorpora a vida planetária e se liga de forma indelével ao mundo espiritual nas suas andanças aqui pela terra. E o casamento, que hoje já nem tanto, mais que em muitas ocasiões era a realização de um sonho, era a coroação ideal, era a união de sentimentos, era o início da fundação de um lar, a oportunidade para que espíritos afins, e nem tanto afins, viessem novamente a tomar um corpo físico aqui na terra, as coisas mudaram um pouco. Nós não questionaremos se é progresso ou não, nós entendemos sempre, evidentemente guardadas proporções, respeitadas as situações e compreendendo outras, que nós estamos,  inclusive o planeta, em constante progresso e que nada foge ao controle do Pai, tanto com em relação aos filhos, como sua habitação planetária, portanto está tudo devidamente encaixado, o mundo é exatamente esse. E a solenidade que trás tristezas hoje, volto a repetir, não tanto quanto antigamente, são cerimônias fúnebres, a grande parte sente-se, aqui no plano espiritual, nessas solenidades como manifestações de pesar, manifestações prematuras de saudade, manifestações de alívio, manifestações até mesmo de alegria, porque os sentimentos são controversos, e o homem, o ser humano em si não se iguala um ao outro nos detalhes, e isso é o que faz prevalecer a individualidade. 
     Deixando de lado essas cerimônias religiosas, e existem outras que se diferenciam da religião católica, mais que tem o mesmo significado espiritual, deixando de lado, nós encontramos grupos, se pudermos assim classificar, que se preocupam muito com a morte. Vamos até considerar que a morte realmente seja austera, mais preocupar-se em excesso se haverá um próximo dia, uma próxima semana, preocupar-se a maneira de como irá ocorrer seu desenlace leva o indivíduo a esquecer um pouquinho da vida. Por que fomos trazidos para cá, para a vida material, para aproveitar todos os momentos em que respiramos, sejam agradáveis ou desagradáveis, pois esse é o nosso roteiro sem sombra de dúvida. A situação que nós precisamos viver, ninguém irá vivê-las por nós, ninguém irá sentir na sua alma, no seu coração, no seu físico as dores que são nossas e que compete a nós senti-las. Ninguém, portanto, irá morrer por nós, eu não digo literalmente porque alguém pode oferecer a vida por outro, sem dúvida, mais digo de uma forma genérica, de uma forma geral. Todos os percalços, aborrecimentos, alegrias, felicidades, desejos, sonhos, realizações, conquistas, para as quais o nosso espírito fora preparado, e é sempre preparado, nós temos que vivê-la. E não nos foi advertido quando reencarnamos que deveríamos tomar um cuidado enorme com a morte, que deveríamos estando alegre pensar que o dia seguinte poderia ser um dia de tristeza, porque a morte não se revela apenas e tão somente, com a falência do corpo, dos órgãos, ela também se revela com a falência dos nossos sonhos, dos nossos ideais, dos nossos desejos. Nós não podemos, portanto, conviver com a morte, nós precisamos todos os dia exaltar a vida, porque é um patrimônio real que nós possuímos. Quantos irmãos que se encontram aqui enroscados em regiões inferiores, quanto eles não dariam de si para envergar um corpo físico, mesmo que fosse disforme? No entanto, nós encontramos muitos irmãos displicentes com relação a isso. Aliás, o nosso irmão, o apóstolo, recomenda em uma de suas cartas, preservai o vaso físico, porque há a necessidade simples de nós mantermos sempre saudável, a mente, o coração, a alma e o corpo. E o que pode destruir os sentimentos, degenerá-los, corrompê-los? Os sentimentos, o corpo físico, o que pode desequilibrar a alma são exatamente os nossos pensamentos, que podem se transformar e se transformam na maioria das vezes em atitudes. Então nos temos que nos preocupar, sim, com nossa alma, com nosso coração, mas temos que nos preocupar também com o último andar do corpo físico, que é a parte mais importante deste contexto aqui na vida planetária. É ela que regula os sentimentos, que regula a alma, que dá vitalidade, ou proporciona enfermidade ao corpo físico, e quando nós nos entregamos a pensamentos trágicos, fatalistas da morte, não tenham dúvida nenhuma estamos nos esquecendo de viver, e esse não é só um direito nosso, de viver, é uma obrigação, e somos responsáveis por tudo que fazemos e que deixamos de fazer que seja nocivo a nossa composição, mental, espiritual e física. Da mesma forma que somos credores, sem sombra de dúvidas, por todas as atitudes que nós praticamos para preservar a nossa vida, para dar evolução aos nossos sentimentos, a nossa alma e para nos integramos de forma definitiva a uma sociedade generosa e compreensiva. Outros, entretanto, se preocupam apenas e tão somente com a vida, e até dizem para si, a morte, a morte ela virá mais não tão cedo, e procuram viver os dias como se fossem únicos, procuram extrair, do sexo, todos os prazeres possíveis e imagináveis. Corrompem-no e corrompem a si próprio, corrompe os pensamentos, os sentimentos e enodoam a alma. Outros se preocupam com esta vida, não aquilatam o valor da morte e simplesmente amealham uma fortuna que não irão conseguir de resgatar, ou gastar, mais propriamente colocado, em três, ou quatro encarnações vindouras, escravizando aqueles que lhes prestam serviços, negando muitas vezes uma forma de subsistência digna, tanto aos seus parentes, como a aqueles que ousam pedir-lhe alguma coisa. A morte para eles ocorre sempre com o vizinho, não para ele, a vida é como se tivesse fim. Como o outro ele não está aproveitando os momentos preciosos que lhe são dados, não tenho dúvidas que nós recebemos quando nós reintegramos a vida física, não um, não dois, não três, não quatro, não cinco talentos, nós recebemos centenas, alguns até milhares, e o compromisso assumido na erraticidade, às vezes não é exatamente para multiplicarmos, mais é para administrá-los de uma forma digna que todos os outros possam aproveitar e usufruir desses talentos, e, no entanto, nós fechamos as mãos mesquinhamente e não propiciamos muitas vezes, não concedemos o tempo para ouvir lamentações, ou nos fechamos em uma armadura de fortaleza, como quem não precisa de ninguém, e não choramos nossas mágoas, dores sentimentos e desilusões, outras vezes simplesmente passamos apáticos, tanto faz irmos para o norte, para o sul, ou em qualquer outra direção, nada afeta o que importa é viver o dia, alguns inclusive usam do verso de uma canção: “Os meus problemas são só meus, deixa comigo a solução”. É uma maneira egoísta, nós diríamos até fatalistas, não de viver, mais de sobreviver, porque não quer repartir as suas dores, as suas preocupações com alguém que evidentemente possa amenizá-la, simplesmente avança, outros simplesmente tentam demonstrar uma valentia que estão longe de possuir e desafiam a vida, e até mesmo alguns oponentes desconhecendo que todos as nossas atitudes que tenham uma agressividade tanto verbal quanto física acarretam muito mais danos para nós próprios, para os autores do que para os vitimados, e os que agem desta forma egoisticamente não repartem os seus problemas. Todos aqueles que não repartem suas posses, sejam posses intelectuais, sejam posses de conhecimento religioso, sejam posses financeiras, todos estes estão agindo de forma egoísta, não estão repartindo, não estão gastando os seus talentos, e isso, sem sombra de dúvidas vai ocasionar depois, um transtorno muito grande, porque vai ser imperioso a cada um de nós, lermos o nosso histórico, aquilo que nós fizemos, aquilo que por imprudência inépcia, inoperância, deveríamos fazer e não fizemos, e iremos, sem sombra de dúvida sermos chamados a responsabilidade. Muitos irão, adiante do relatório de suas próprias vidas, derramar lágrimas, vão propor e solicitar uma nova reencarnação para ressarcir débitos que já deveriam estar ressarcidos e deveriam ainda haver colhido frutos, juros da sua antecipação no pagamento da dívida, voltar talvez com uma sobrecarga e encontrar pessoas que não estejam exatamente dispostas a ouvir as suas queixas, os seus lamentos, pessoas que provavelmente não queiram ajudar tudo que foi negado por ele em outra vida, não se trata da lei de Talião: “do olho por olho e dente por dente” , não, longe disso, esta lei está revogada, é uma lei humana, não divina, e mesmo entre os homens ela está revogada, mais é uma consequência da nossa imperícia diante da vida. E se há tribunal, há códigos que regulam o comportamento e penalizam na vida física, é da mesma forma na vida espiritual, somos herdeiros, não tenho dúvidas, de nós próprios, portanto, pensemos bem o que fazer, o que não fazer. Existe ainda um outro grupo, para citar apenas três, que simplesmente não se preocupa com a vida, e tão pouco com a morte, pouco importa se há progresso no emprego ou não, ele se adapta a qualquer coisa, preferencialmente viver na preguiça, sem responsabilidade, vive-se preocupado apenas e tão somente, com coisas efêmeras e fugazes, sem se preocupar, por exemplo em procurar Deus, porque a grande maioria o encontra em uma casa religiosa, e com o tempo vai descobrir dentro de si, através do encaminhamento religioso, alguns acabam descobrindo Deus pelas vias do sofrimento. Não se preocupava com nada, com a vida ou com a morte, e isso lhe trouxe transtornos, isso lhe trouxe prejuízos, isso lhe trouxe desequilíbrio, isso lhe trouxe enfermidades, então nessa hora, quando tudo parece estar perdido, procura a Deus, e Deus está pacientemente de plantão para ouvi-lo, para suprir suas necessidades, mais resta a ele ainda refazer o trajeto na vida terrena, concertar o que ele há dias, semanas, meses ou anos atrás, deixou mal feito ou simplesmente, deixou de fazer. Moisés quando esteve entre nós, pela sobrevivência do seu povo, ele os ensinou a viver aos trancos e barrancos conforme nos relata a bíblia, como conquistadores, até mesmo como homens ferozes, porque havia a necessidade de viver a todas as intempéries e todas as agressões. Por questões de assepsia, de higiene ele trouxe um rigorismo além, um dos detalhes é a circuncisão, é lavar as mãos, é dar um repouso ao espírito no dia de sábado, e assim por diante, para disciplinar o povo que ainda não tinha condições de caminhar pro si próprio. Moisés ensinou o seu povo a viver, isso sem sombra de dúvida, trás um grande mérito. Jesus veio para cá, com todas estas lições que em alguns casos não vicejem em algumas almas, com todas essas lições, esses exemplos, ele nos ensinou a morrer. Morrer em paz com o mundo físico, com o mundo espiritual, está preparado para isso conforme foi dito aqui. Quem está? Aquele que não prejudica de forma alguma alguém, mais isso não basta, aquele que procura sempre estar presente aonde existe a necessidade, suprindo-a de acordo com o momento, aquele que se preocupa com o seu lar, aquele outro que encara com responsabilidade seus deveres profissionais, aquele outro que faz do seu solo, seu estado, sua cidade, seu país, um lugar digno não só para sua vivência ou sobrevivência, mais para que todos os outros que interam esta sociedade se sintam bem. Está em paz aquele que sempre aumenta seus afetos, que sempre expande seu amor e sentem o amor alheio se expandir por ti, aqueles que não assombrados por pesadelos, aqueles que não acordam durante a noite por um lapso de arrependimento por algo que fez, e que não era nobre, que trouxe prejuízo a alguém. Esses não estão preparados, nós nos preparamos quando nós repousamos, não só à noite, mais quando nossa alma diuturnamente está repousada na paz, está equilibrada, está sobre efeito de uma harmonia exemplar. E para tanto, se deve conscientizar de que não caminha sozinho, que é necessário se reintegrar a uma sociedade, que a necessidade de se integrar a uma religião, frequentá-la, ouvir a voz de Deus, ela fala permanentemente em nosso intimo, mais muitas vezes usa como interlocutor para fazê-lo como é o caso de nosso irmão à direita hoje, que trouxe à palavra de Deus, os aconselhamentos, as experiências, em vasos de humos o que é, absolutamente, bom para a alma. Nós temos que ouvir a palavra de Deus em todos os lugares, sentir o seu olhar, e muitas vezes, nós sentimos esse olhar em alguém que nos fita ainda que não seja frente a frente, nós sentimos este olhar em um animal quando nos olha carinhosamente e julga-nos como sendo verdadeiros deuses, seus protetores. Temos mil e uma maneiras de sentir a mão de Deus, de ouvir a sua voz, de ver o seu olhar direcionado para nós, mais para isso, nossa alma tem que estar despojada de mágoas, tristezas, desilusões e fracassos. Todos passam por isso meus irmãos, todos, os fortes se levantam, os fracos ficam lamentando mais vai aparecer alguém mais forte que estenderá o braço para levantá-lo e aí, lhe resta o dever de se aprumar neste braço, de refazer-se, recompor-se em todos os sentidos. Temos que conversar com Deus em todos os momentos, fazer as nossas confidências, pedir aconselhamentos, que como dito aqui, meus irmão, chegam através dos nossos amigos espirituais, dos mentores, protetores, ou por outros irmãos espirituais que simplesmente se sensibilizam com nossa situação. E através de movimento de compaixão, amor e ternura nos ajudam a reequilibrar. Pensemos bem, analisemos meus irmão e minhas irmãs, a aula desta noite, não existiu vocabulário rebuscado, mais existiu sentimento de afetividade, a preocupação de transmitir a cada um, e a todos, o verdadeiro sentido da leitura, transmitir o espírito da veracidade daquelas palavras impressas, emoldurando-as pelas suas próprias experiências, pela suas vivências religiosas, pela suas vivências fora da casa religiosa, envolvendo a todos numa vibração de amizade, de carinho, estas palavras, como de resto de todos que sentam aqui, para fazer uma preleção, exposição, ou dar uma aula, são tesouros inestimáveis que devem ser arquivados em nossa alma para imediato ou posterior uso. Nós devemos encarar a religião com responsabilidade, nós devemos ouvir a mensagem como também foi dito, e repetido, e o será ainda por muito tempo, de que estas mensagens, essas lições, foram individualizadas para cada um. E dentro daquilo que nos serve, e que serve para o nosso aprimoramento usá-las, aquelas que estão em contra posição ao nosso comportamento, evidentemente as palavras aqui são sempre nobres, com espírito religioso, se estão em desacordo com o nosso comportamento, mudemos o nosso comportamento, nós não vamos satisfazer talvez ninguém com a mudança do nosso comportamento, mais Deus agradece, de imediato podemos não ser reconhecidos pelas mudanças, mais o tempo afirmará nossas convicções, e deixará bem claro a aqueles que nos fitam que a regeneração existe, que a reformulação de pensamentos, palavras e atitudes nós conseguimos, e que a reforma espiritual mais difícil está a caminho. Não vamos adentrar na ultima solenidade, aqui da terra, num templo ou em qualquer outra solenidade, trazendo alívio às pessoas, mais sim, ir para estas solenidades como alguém, como um espírito absolutamente respeitado, com um espírito nobre, de que só agiu com nobreza em sua trajetória, cujos erros, defeitos foram pequenos, sem consequência maior, foram de longo tempo perdoados. Lembrando o aconselhamento de Lao Tse: "Quando tu nasceste todos riam, e só tu choravas. Vive de tal maneira, que quando tu partires, todos chorem, só tu sorrias." Nós precisamos deixar, como a sobremesa após o jantar, saborosa, a sobremesa é o último prato, é o requinte da refeição, deixemos a morte como a sobremesa, o requinte da nossa existência. Agindo desta forma, nos deixaremos em cada coração uma saudade, ou mais, e sem sombra de dúvida, deixaremos também, em todos eles um amor puro e eterno. Meus irmãos, a morte não foi feita para ser temida, para ser reverenciada, apenas encarada como uma consequência natural de nossas andanças neste mundo. Façamos, pois, com que as pessoas que convivem conosco repartam o seu tempo, o nosso espaço, que essas pessoas sorriam sempre quando estão ao nosso lado, e não tenham duvida nenhuma, que vocês receberão o sorriso maior, o sorriso de Deus nos braços de Jesus.

Que o Senhor abençoe a todos nós!

Boa noite!

Irmão Rafael

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